São Paulo, quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
"Carro de Paulista" perde a graça e o tom em adaptação de peça
Telefilme integra ciclo da Cultura em que produção de Giorgetti é ponto alto
SÉRGIO RIZZO
CRÍTICO DA FOLHA
"Carro de Paulista", de Ricardo Pinto e Silva, dará continuidade no próximo sábado à faixa "Telefilmes Cultura", que exibirá, durante quatro semanas, obras de ficção produzidas para a TV com recursos do Programa de Ação Cultural da Secretaria de Estado da Cultura. A programação foi inaugurada no último sábado com "Para Aceitá-la Continue na Linha", de Anna Muylaert. Os filmes têm 52 minutos, divididos em três blocos, e foram rodados com equipamento Full HD. Baseado em peça de Mário Viana e Alessandro Marson, "Carro de Paulista" faz humor a partir de três amigos da zona leste que, em companhia do primo adolescente de um deles, vão aos Jardins em busca de mulheres e diversão. Em seus dois longas como diretor, "Sua Excelência, o Candidato" (1992) e "Querido Estranho" (2002), Pinto e Silva já havia se baseado em peças -de Marcos Caruso e Maria Adelaide Amaral, respectivamente. "Carro de Paulista" enfrenta mais dificuldades na transposição, sem encontrar um tom que corresponda à graça do palco.
No meio do caminho entre a comédia de costumes e o besteirol dos programas humorísticos de TV, seus melhores momentos vêm dos diálogos -como a discussão sobre deixar ou não um amigo para trás na noite, que equivaleria a "confundir balada com filme de guerra".
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