domingo, 31 de maio de 2009

Momento ternura

Fabio e Aline ensaiam o selinho entre Junior e a Mina da Injeção no Vale do Anhangabaú.
(Foto de Ricardo Pinto e Silva)

Diário do Diretor - 2



Na Silvio Romero enquanto a diretora de fotografia Katia Coelho consultava a bussola e estabelecia o plano de luz, com os horários das filmagens, a equipe, esfomeada, experimentou o Dogão dos Manos, um super hot-dog completo prensado. Esta invençao é dos ambulantes da praça, que prensam o recheio do "dogão", purê de batata, queijo cheddar, milho, batatinha, maionese e molhos, para nao escorrer. Aprovado e custou 3,00 cada.
E visitamos os dois postos de gasolina, um na Penha, Av, Celso Garcia, frente ao Largo do Rosario, o primeiro, e outro nas proximidades do shopping Analia Franco, ainda em definiçao, pois o som no local é meio alto e as nossas diretoras de som, Tide Borges e Lia Camargo, acharam pouco adequado. Temos que avaliar bem pois neste segundo posto filmaremos à noite.
Ricardo Pinto e Silva

Diário do Diretor - 1


Na semana passada, dia 27, fizemos uma reunião geral para a leitura do roteiro e elaboração da Análise Técnica, com toda a equipe.
Na quinta (28) e sexta (29) tivemos ensaios individuais, com o Thiago e com Aline e Fabio. Rodolfo esteve com febre e adiamos a parte dele e Tadeu foi rodar uma participação em um longa do Augusto Sevá, em Porto Seguro.
E neste sábado (30)estivemos na Zona Leste, visitando os bairros da Penha, Tatuape, Vila Matilde e arredores. Presentes: Farid Tavares, Gustavo Cabral, Katia Coelho, Luis Rossi, Marcio Maia Feres, e nosso motorista Carlos.

Vimos as locaçoes escolhidas na praça Silvio Romero, a farmacia, a rua do primo Reinaldo, decidimos os trajetos do carro no inicio do filme.

Ricardo Pinto e Silva

O carro é vermelho


Ao que tudo indica este poderoso Subaru vai ser o carro de paulista usado nas filmagens. Sempre tivemos dúvidas se os garotos deveriam dirigir uma lata velha ou um carrão de impressionar. Esse "detalhe" muda uma série de conceitos no desenvolvimento do filme.  Vamos de Subaru. E ele impressiona...

sábado, 30 de maio de 2009

Fabio Neppo a sério

Se você pensa que Fábio Neppo - o Givanildo de Carro de Paulista - só faz comédia, aqui vai a prova em contrário. No longa De Passagem,  de 2003, Fábio faz o papel de Kennedy, um garoto pobre do subúrbio.  Mais detalhes sobre De Passagem você encontra no site IMDb (em inglês). Fábio já trabalhou também no filme Domésticas (2001) e na série Carandirú, Outras Histórias (2005) pela rede Globo.  Aqui, o trailer de De Passagem

quinta-feira, 28 de maio de 2009

O som do Carro

O tema musical de Carro de Paulista o Filme já é sucesso nas "internas" - e nem está completamente pronto ainda! Mas o refrão já grudou na cabeça do elenco. O tema está sendo composto por Rogério Naccache e Tadeu Patolla. Os dois são veteranos no panorama hip-hop desde que se apresentavam com a banda Lagoa 66 pelos palcos de São Paulo. 

Esta gravação de "Besteira" (que não tem nada a ver com o filme) foi realizada ao vivo, lá por 1989, na mesma TV Cultura onde o Carro vai ser exibido. Rogério está no vocal, Tadeu na guitarra. Tem até uns "maninhos" dançando na platéia:

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Carro adaptado

Numa sexta feira, dia 10 de outubro de 2008 o diretor Ricardo Pinto e Silva me mandou um email com a seguinte frase:

"Temos o edital de telefilmes. Quer ir ver amanha comigo a peca Carro de Paulista, com este fim? O tema é SP, esta metropole."

No dia seguinte, sábado, choveu muito em São Paulo e eu estava com uma preguiça de lascar. Mandei uns torpedos para o Ricardo com desculpas esfarrapadas para não ir ao teatro. Mas a chuva melhorou, eu tomei coragem e segui para o teatro Ruth Escobar. Assistimos o Carro de Paulista dando altas risadas com aqueles 4 rapazes e uma mulher naquele palco vazio e aquele carro imaginário em cena. Na saída comemos um sanduíche no Ponto Chic, conversamos sobre a peça e eu fui para casa com o cérebro em ebulição. 

Na segunda, dia 12, o Ricardo me mandou o texto da peça, escrita por Mario Viana e Alessandro Marson para servir como base para a adaptação. No dia 16 de outubro enviei a primeira versão do roteiro.  Era ainda bastante presa à peça, mas com algumas novidades. Alguns personagens apenas citados no palco ganharam vida. E uma (auto-biográfica) sequência num bar foi encaixada na narrativa.

E foi assim que tudo começou.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Invasão


Ontem a equipe de Carro de Paulista o Filme "invadiu" a cidade. Fomos de locação em locação marcando as cenas, verificando as posições da câmera, levantando dificuldades. Que não são poucas, já que este vai ser um filme basicamente noturno.  E mais, vai ser uma comédia meio "fora de controle", já que será rodado em locações e muitas vezes com "figurantes" que serão pegos de surpresa, num estilo meio documental.  

Ontem rodamos pelo coração da Vila Madalena e depois fomos a alguns pontos marcantes do centro de São Paulo - Largo São Bento, Páteo do Colégio, Estação da Luz, Anhagabaú. Em cada lugar fizemos um ensaio e um registro básico (ver post anterior, Fig Rig). Na foto de cima estão Rodolfo, Aline e Tadeu, na Vila.

Da esquerda para a direita: a assistente Jacqueline Cordeiro, Rodolfo, a diretora de fotografia Katia Coelho, o pai de Rodolfo, Tadeu, Aline, Fabio e o diretor Ricardo Pinto e Silva.
Rodolfo (de costas), Fabio, Tadeu, Katia e Ricardo Pinto e Silva.

Fábio, Ricardo, Jac e Kátia no Anhangabaú.

Fig Rig


Parece um volante de caminhão. Mas essa coisa que eu estou segurando é um símbolo das novas tecnologias de vídeo que estão revolucionando a maneira de se fazer cinema. No centro, uma camera Sony HDR-SR10 Full HD e som Dolby5.1. Essa camerazinha vendida no varejo tem definição e qualidade para ser usada em produções profissionais.

O que parece ser uma direção é um Fig Rig. Cameras minúsculas como essa tendem a tremer facilmente. O Fig Rig dá mais estabilidade aos movimentos. E pode ser facilmente encostada em qualquer superfície (horizontal ou vertical), que passa a funcionar como um tripé. É uma grande invenção do cineasta britânico Mike Figgs (de Internal Affairs e Leaving Las Vegas), que se tornou um guru do cinema independente e barato. Olha a assinatura dele na obra:
Se a experiência for aprovada, o Fig Rig poderá ser usado definitivamente em Carro de Paulista. Aí em baixo, um trecho do teste com o equipamento pelo diretor Ricardo Pinto e Silva com Aline, Tadeu e Thiago.


segunda-feira, 25 de maio de 2009

Figurinos prontos para os 4 manos


Até segunda ordem, e com alguns ajustes, estas vão ser as roupas usadas pelos quatro "manos" no filme. Fábio, Rodolfo, Tadeu e Thiago experimentaram seus modelitos e desfilaram para a câmera do diretor Ricardo Pinto e Silva na última sexta-feira, 22 de maio. Ao fundo, os jardins da TV Cultura em São Paulo.  


domingo, 24 de maio de 2009

Primeira Locação: San Sebastian

Esta é a primeira locação de Carro de Paulista o Filme. O San Sebatian é um restaurante 24 horas na divisa entre Pinheiros e a Vila Madalena.  Durante a filmagem, vai se transformar numa casa noturna com fila na porta e som bate-estaca lá dentro.  

A partir de agora este blog passa a ter um mapa de localização de locações e outros marcos geográficos ligados ao filme. O San Sebastian está lá. 

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Entrevista: Mário Viana

Mário Viana, paulistano, 48 anos, é um dos autores da peça Carro de Paulista. Esta entrevista exclusiva para o blog foi feita por email e conta detalhes da criação deste grande sucesso teatral:

Você se lembra da estréia da peça? Quando foi, onde? Qual foi a reação do público?

A estréia foi em abril de 2004, no Centro Cultural de São Paulo. Tivemos seis semanas de temporada, com casa muito boa. Logo depois, conseguimos uma brecha na sala pequena do Teatro Sergio Cardoso, levamos o Carro pra lá e lotou! De lá pra cá, já percorremos vários teatros: FAAP, Folha, Colégio Santa Cruz, Cultura Inglesa, Jardim São Paulo, Cacilda Becker, Guarulhos, Maria della Costa, Ruth Escobar...

Como nasceu a idéia do Carro? Qual foi o primeiro conceito da peça?

Em 2001, eu estava escrevendo “Pantagruel” pros Parlapatões, quando dois meninos da técnica me pediram uma peça pra eles. Eu tinha a idéia de brincar com aqueles moleques que vinham da ZL pra Rua Augusta e ficavam barbarizando, mexendo com todo mundo que passava, totalmente sem noção... Fiz a primeira versão da peça, com dois personagens, Pedrão e Jorginho. Os outros eram citados ou apareciam em gravações. Por incrível que pareça, os atores leram e não quiseram fazer, por causa do final. O Hugo Possolo leu e sugeriu aumentar o número de personagens. Como eu estava sem tempo, convidei o Alessandro Marson pra me ajudar a escrever. Ele entrou com tudo e a peça foi nascendo, meio que via internet. Mesmo depois de já na estrada, ganhou cenas: a cena da fila na balada foi criada em 2005, quando levamos a peça pra FAAP e precisávamos ‘esticar’ a duração.

O sucesso foi imediato?

Começou bem, no CCSP e no Sergio Cardoso. Mas foi no Cultura Inglesa e no Jardim São Paulo que sentimos ter um “fenômeno” nas mãos. No Cultura, a peça lotou nos mais variados horários. E no Jardim São Paulo viramos até tema de conversa em salão de beleza. “Já foi ver o Carro? Eu vou ver de novo!” Mas o Carro tem um aspecto engraçado. As temporadas são sempre melhores em teatros acessíveis por ônibus. A moçada aproveita o bilhete único, vai, assiste a peça e volta pagando só 2,30 de passagem.

Quantos espectadores já teve o Carro no teatro?

Acho que já batemos os 50 mil.

A peça já foi exibida fora de São Paulo?

Em festivais de Americana e Cananéia, temporada em Campinas...

O que vocês, autores, estão fazendo hoje?

Tanto eu quanto o Ale temos uma carreira de dramaturgos e roteiristas de TV. O Alessandro Marson trabalha na Rede Globo há vários anos e já integrou equipes bem legais – desde “Sítio do Pica-pau Amarelo” até “Casos & Acasos”, “O Profeta”, “Desejo Proibido”,  etc. Eu tive várias peças encenadas por aqui e mesmo no exterior. “Vestir o Pai” (que estreou na mesma época do Carro, seis anos atrás, dirigida por Paulo Autran) foi montada no Uruguai e na Itália. Um dos maiores sucessos teatrais também foi um trabalho em equipe: “Nunca se Sábado”, que eu escrevia junto com Fábio Torres, Laert Sarrumor, Luiz Henrique Romagnoli e Isser Korik, no Teatro Folha. Em TV, fiz parte das equipes que escreveram “Dance Dance Dance”, “Paixões Proibidas” e, atualmente, estou na equipe do Lauro Cesar Muniz, em “Poder Paralelo”, na Record.

Você já tinha pensado na possibilidade de adaptar para cinema ou TV?

Nós sempre fomos sondados pra transformar a peça em filme. Até agora, tinha ficado só na base do ‘vamos ver’. Agora, vai.

Ensaio de quinta

Muito divertido o ensaio de ontem. Especialmente quando os 4 manos tiveram seu momento High School Musical.  Este treino (com Thiago, Rodolfo, Aline, Tadeu, Fabio, o diretor Ricardo e sua assistente Jac) foi também feito na casa de Pinheiros que serve de QG para a produção. Segunda feira, a coisa muda. O ensaio vai ser realizado em vários locais de São Paulo escolhidos como locação. 

Fotos de quinta, 21 de maio:

Ricardo Pinto e Silva e Jac Cordeiro
Os 4 manos no "carro": Thiago, Fabio, Tadeu e Rodolfo.

É nóis

Aprenda a Dança da Farmácia com Fabio e Aline.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Carro no Orkut


O ensaio de hoje, quarta, não foi bem um ensaio. Ficamos trabalhando mais na definição de cada personagem. Os atores precisam saber melhor quem estão interpretando antes de entrar em cena. E isso ajuda todo mundo a manter a coerência e a criatividade. Amanhã teremos um ensaio de verdade.

E já temos nossa comunidade no Orkut: Carro de Paulista o Filme. 35 membros em dois dias. Nada mal...

O primeiro ensaio

Fotos do primeiro ensaio de Carro de Paulista, o Filme. Aconteceu no dia 14 de maio num escritório do bairro de Pinheiros, que virou a base da produção.  Hoje, dia 20 tem outro ensaio (e mais fotos, claro).

Tadeu Pinheiro
"Pedrão"
Rodolfo Valente
"Raio de Sol"
Fabio Neppo
"Junior"
Aline Abovsky
"Mina da Injeção"

terça-feira, 19 de maio de 2009

Fotos da primeira leitura

No dia 29 de abril fizemos a primeira leitura da primeira versão do roteiro. Era para ser dentro do teatro Ruth Escobar, mas não achamos uma sala disponível. Fomos para fora, em frente a um barzinho e a leitura acabou ficando ainda mais agradável. Depois dela já escrevi outra versão.

Tadeu, Carla, Thiago e Fabio

O diretor/produtor Ricardo Pinto
e Silva fotografa Aline Abovsky
.
Tadeu, Carla, Thiago e Fabio

Ignição

Começa aqui o blog Carro de Paulista - o Filme.

Carro de Paulista é uma peça que está em cartaz há 6 anos em São Paulo. Conta a história de 4 jovens da zona leste que se aventuram na região mais chique da cidade para ganhar "minas". A peça, escrita por Mario Viana e Alessandro Marson, foi dirigida por Jairo Mattos. Já teve várias modificações de elenco. É apresentada todo sábado no teatro Ruth Escobar

A peça foi adaptada para um telefilme de 50 minutos com roteiro escrito por mim para o diretor e produtor Ricardo Pinto e Silva. O projeto já ganhou um edital para ser co-produzido e exibido pela TV Cultura. Com outros 3 telefilmes, vai ser o primeiro programa em alta-definição da Cultura e deve ir ao ar no fim deste ano. 

Neste blog você vai acompanhar a produção de Carro de Paulista - o Filme em palavras e imagens.
Dagomir Marquezi