domingo, 26 de julho de 2009

Mais uma cara para o carro

Esta é a versão do cineasta e artista plástico Flávio Del Carlo para a abertura do Carro. Na falta de um Subaru ele usou um clássico Corvette. O carro passa e revela o nome do carro. Para conhecer um pouco da arte de Flavio Del Carlo em animação, conheça o premiado Tzubra-Tzuma.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

A primeira cena

A editora Celia Freitas acaba de liberar o primeiro clip-teste da montagem da primeira cena. Infelizmente não podemos divulgar o clip ainda. São os primeiros 12 segundos com Marco Furlan (acima), Tadeu Pilheiro e esse discreto chaveiro. Trilha sonora já encaixada. A Célia já preparou 30 minutos de pré-edição.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Memória afetiva

Cada vez que realizamos um filme há algo que nos transforma para sempre. Criamos intimidades com as locações usadas ou com algumas frases do roteiro, que insistirão em aderir a nossa memória afetiva. Carro de Paulista me fará olhar diferentemente para vários pontos da nossa cidade e sempre evocando risos pelas lembranças das cenas ali rodadas. No caso do famoso Parque da Monica, bastou sua menção nos diálogos. Olha aí o diretor curtindo !
Ricardo Pinto e Silva

terça-feira, 21 de julho de 2009

Outras caras para o Carro


Andrea M Odri, estudante em escola superior de design, resolveu fazer como exercício prático a criação de uma possível logomarca do Carro de Paulista. Aqui estão alguns dos seus esboços:


segunda-feira, 20 de julho de 2009

Nossa editora: Célia Freitas

Esta é Célia Freitas, em sua estação de trabalho no Rio de Janeiro, editando uma cena com Raio de Sol (Rodolfo Valente) e Kelly (Gianne Albertoni). Célia é editora e video-artista e também está fazendo a montagem do filme Dores & Amores, igualmente de Ricardo Pinto e Silva.

Célia tem um estilo contemporâneo de edição, que mistura narrativa com efeitos gráficos de forma mais livre que a do cinema tradicional. Ela é formada em computação gráfica pela UFRJ, com aperfeiçoamento na University of California - Los Angeles. Como artista já participou de várias instalações em diversas partes do Brasil. Além de editar filmes, Célia Freitas foi a diretora do curta Penélope (2005), exibido em festivais na Argentina, Alemanha, Portugal e Inglaterra.

Foto: Ricardo Pinto e Silva

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Nosso continuista brilha em Paulínia


Continuista é o profissional que anota os detalhes de cada cena rodada para que ela não entre em conflito com as cenas anteriores e posteriores. Pedro Struchi, o continuista de Carro de Paulista, é um carioca de 34 anos formado em Biologia. Desde 2001 ele trabalha como continuista em longas.

Pedro já tinha dirigido dois curtas - Banquete Sem Convite (2003) e Implacável (2007). O terceiro acaba de ganhar o premio de melhor roteiro de curta na mostra de Paulínia (e melhor ator para Alexandre Caetano). O relato de nosso enviado especial:

Nosso continuista é também diretor de cinema, e dos bons. Seu mais recente trabalho foi apresentado no II Festival de Cinema de Paulinia. Fui lá conferir no ultimo sábado, dia 11 de julho e tive a felicidade de gargalhar e a chance de aplaudir a boa comédia apresentada na competição Curtas-Metragens Regionais. Prós e Contras conta com humor algumas peripécias de dois amigos diante do engraçao embate das visões masculina e feminina sobre a vida amorosa. Valeu a pena a viagem a Paulinia.
Ricardo Pinto e Silva

sexta-feira, 10 de julho de 2009

O último dia de filmagem


O dia foi 27 de junho de 2009. A equipe prepara o equipamento para as últimas tomadas do Carro de Paulista.

Fabio Neppo e Thiago Catelani no centrão de São Paulo.

Katia Coelho ganhou o premio Donkey Xote como diretora de fotografia.

Nosso bravo Subaru vermelho fazendo uma de suas últimas aparições no filme estrelado por ele.
Fotos: Ricardo Pinto e Silva

quinta-feira, 9 de julho de 2009

A cara do Carro


Qual a marca do filme? Qual a imediata apresentação visual do produto audiovisual para o publico? Seja uma comissão que vai analisar um projeto,um patrocinador, um apoiador cultural ou o consumidor, espectador de cinema ou de televisão.

Teremos que criar a nossa identidade visual. Por enquanto contamos com a ajuda do amigo de Curitiba, Kako Frare, diretor de arte do jornal A Gazeta, que nos fez o primeiro logo do projeto, as pressas, durante o expediente do trabalho, para o Concurso ProAC 11, onde conseguimos os recursos para a produção do Carro de Paulista. Depois passamos a usar uma foto tirada antes da peça começar, com o carro do teatro iluminado por luz azul. Agora o Dago esta usando no alto deste blog uma foto com o perfil dos 4 manos. Precisamos criar a nossa logomarca.

Sugestões?

Ricardo Pinto e Silva

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Entrevista: Dagomir Marquezi - Parte 2

Qual a diferença de envolvimento entre seu trabalho no Dores & Amores e no Carro de Paulista?
Dores foi concebida antes de mim, filmada longe de mim, e eu não tive muito contato com a equipe técnica nem com o elenco. Com o Carro aconteceu o contrário: eu pude acompanhar cada passo e tive o privilégio de editar este blog sobre o filme, além de gravar as cenas para um futuro making-of. Estive presente em boa parte das filmagens – menos as gravadas durante a manhã, quando eu estou técnicamente desligado.

O que você acha do fato da direção e produção cercearem a criatividade de um roteirista?
Todo roteirista tem que ter essa consciência: se quiser realizar um trabalho completamente sob controle, escreva um romance. Um roteiro é feito para ser realizado em equipe. Antes eu não tinha muita consciência das consequências práticas do que eu escrevia. Criava cenas impossíveis de serem realizadas com um pensamento tipo “eles que se virem”. O Ricardo me ensinou a ter mais consciência do que escrevo e não pedir o impossível. Afinal, cada frase escrita por mim num roteiro representa custos e dificuldades técnicas.

Como você vê um trabalho colaborativo num roteiro ou em dramaturgia?
Aí depende muito da colaboração. Ela pode virar uma disputa de egos e rancores. Mas se o objetivo dos autores for fazer o melhor para o roteiro em si, todo mundo sai ganhando. Especialmente o espectador. Eu tive minha escola de colaboração como co-autor de duas telenovelas. Naquele território a solidão é fatal. Em Carro de Paulista contei sempre com a ajuda, o respeito e o bom senso do Ricardo. Ele tem muitas colaborações no roteiro mas generosamente não exigiu a co-autoria.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Entrevista: Ricardo Pinto e Silva - Parte 2

Filmar em locações facilita ou dificulta?
Facilitou para a direção de arte e barateou os custos de produção. Mas com isso criam-se dificuldades para a organização da logística das filmagens como transporte, alimentação, e o uso de bases de produção emprestadas ou alugadas para servir de camarim e banheiros para elenco e equipe, refeitórios, tudo tendo que ser organizado e reorganizado dia após outro. Trabalho muito bem executado por Farid Tavares, Celso Martins e equipe.

Qual o pior e o melhor momento de filmagem?
O melhor dia de filmagem e sempre o primeiro, a alegria em chegarmos ao Set. O pior é o ultimo, quando ainda não sabemos quando vamos filmar novamente. Em termos de produção o pior dia e aquele onde algumas coisas escapam ao nosso controle e parece que não teremos tempo para cumprir o planejado. A tensão que a possibilidade de erro no planejamento traz é grande e incomoda. Temos que reagir e tomar decisões muito prontamente.

Para onde vai o Carro agora?
Agora entra em edição de imagem, de som. Faremos as músicas, as trucagens, os letreiros, a mixagem. Entram novos profissionais nesta etapa de finalização. Veremos se nosso material pode ser estendido para uma versão de longa-metragem. Já os personagens continuarão conosco. Pretendemos criar um projeto de série para televisão com 13 episódios de 25 minutos numa primeira temporada. Pretendemos lançar o roteiro do filme em quadrinhos e publicar um livro onde vamos expor as técnicas de realização e produção de comedias digitais de baixo orçamento. E já começamos a trabalhar no argumento de um novo telefilme ou longa-metragem com os mesmos personagens e elenco, intitulado provisoriamente "Quem Vai Ficar com Kelly".

Ensaiando as Perigosas

Alguns flashes de Ricardo Pinto e Silva e Rogério Naccache (diretor e diretor musical, respectivamente) acertando a gravação da cena com a banda As Perigosas, ainda da sessão no TomJazz). A cena foi filmada no domingo, 21 de junho. Rachel Ripani e as Perigosas tocaram Beldade Perigosa. (Conheça um trechinho da gravação).

sábado, 4 de julho de 2009

Entrevista: Dagomir Marquezi

Como é que você imaginou que poderia se envolver num telefilme? O que traz de diferença para um filme de cinema?
Eu na verdade já trabalhei muito para TV (em novelas, infantis, musicais, documentários, etc) e muito pouco para cinema. Trabalhar em televisão para mim é meio que natural, e trabalhar em cinema é um velho projeto muitas vezes adiado e atrapalhado. Escrever um telefilme foi muito bom porque uniu as duas pontas.

É melhor adaptar o texto de um terceiro ou começar do zero com uma idéia própria sua?
Eu me treinei muito para ser um adaptador. Mas é claro que começar do zero dá muito mais controle sobre o trabalho. Eu sei para onde estou indo. No caso de uma adaptação, a gente se livra de inventar algumas soluções que já estão prontas e pode se dedicar mais à formatação do roteiro.

Qual a diferença de escrever o Carro e nossa primeira parceiria no Dores & Amores?
No Dores eu peguei um roteiro de terceiros baseado num romance de uma quarta pessoa. Meu trabalho foi muito mais de “reforma” do que de construção. Felizmente o diretor do filme (que aqui me entrevista) teve a boa idéia de trabalhar com locuções em OFF da personagem principal. O que deixa aberta muitas possibilidades de intervenção e mudança de rumos. O Carro foi outro processo. Eu estou presente desde o início, e trabalhei com total liberdade para a adaptação. Eu diria que o Carro é um prazer e o Dores, um desafio.

Entrevista por Ricardo Pinto e Silva

Foto: Lidice Ba

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Outros rostos do Carro


Rebecca Beolchi
Figurino

Mirian Ou
Produção Executiva

Eduardo Portioli
Eletricista


Tayce Vale
Maquiadora

Gustavo Cabral
Assistente de Produção

Fotos: Dagomir Marquezi

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Entrevista: Ricardo Pinto e Silva

Dirigir um filme é uma tarefa muito mais complexa do que pode imaginar quem nunca frequentou um set de filmagens. O diretor Ricardo Pinto e Silva somou às dificuldades naturais alguns desafios a mais em sua carreira.

Como você ficou sabendo da peça Carro de Paulista
Eu sempre tive o habito de ler as sinopses das peças nos jornais e revistas. Sempre busco o tema e observo a quantidade de atores no elenco. Marco os comentários sobre o autor. Assim que acabei me interessando por dois textos que viraram roteiros de meus filmes: Intensa Magia, de Maria Adelaide Amaral e Carro de Paulista, de Mario Viana e Alessandro Marson. Com os outros filmes, Sua Excelência,o Candidato e Dores & Amores foram diferentes. No primeiro eu e meu primo e produtor Caito Junqueira fomos ver e decidimos comprar os direitos da peca Jogo de Cintura, de Marcos Caruso e Jandira Martini, mas eles nos convenceram a escolher o outro texto, que consideravam melhor e mais conhecido, premiado com o Moliere de Melhor Autor. Já Dores & Amores foi fruto de uma longa estadia em Porto Alegre quando trabalhei em uma serie para a TV portuguesa rodada por lá. Perguntei a uma vendedora de livros qual era o autor gaúcho que mais vendia e ela me apresentou os livros da Claudia Tajes. Comprei, li todos, e escolhi Dores, Amores & Assemelhados, inicialmente adaptado pela roteirista portuguesa Patricia Muller e posteriormente rescrito por nos, Dagomir e eu, acrescentando a base da adaptação da sua peca, Intervalo.

Quantos filmes você já havia dirigido?
Já havia dirigido 3 longas metragens, comentados acima, e dois curtas: o desenho animado Zabumba, em co-direção a Hamilton Zini Jr e Salvador Messina e a ficção Adultério, baseado em um conto da atriz Joana Fomm.

No que o Carro foi diferente dos outros filmes?
Por ser um telefilme foi o de filmagens mais rápidas e teve um raciocínio para ser produzido que incorporou as adversidades. Filmamos quase inteiramente nas ruas e admitimos o acaso como gente em quadro, trânsito aberto, ruídos não controlados. Uma abordagem mais documental. Mantive o uso de duas câmeras simultâneas, como já havia incorporado ao meu método de filmar desde Querido Estranho, mas pela primeira vez o filme todo foi rodado com as câmeras na mão, prescindindo do uso de tripés, dollies, gruas e outros equipamentos para movimentar as câmeras. Fui muito influenciado pela leitura do livro Digital Film Making, do cineasta inglês Mike Figgs e por um grande estudo sobre o uso das câmeras em seus filmes, notadamente Miss Julie e Despedida de Las Vegas.

Foto: Dagomir Marquezi

Entrevista: Katia Coelho

Katinha é diretora de fotografia. Sua função é monitorar o que está sendo filmado do ponto de vista da qualidade da imagem.

Como diretora de fotografia, qual foi a maior dificuldade em filmar Carro de Paulista?
Minha maior dificuldade foi também a minha maior alegria: tentar conciliar o cuidado que temos com a imagem para cinema com o tempo disponível que temos para a televisão. Foi minha primeira experiência nesse sentido e percebi que é possível. A equipe do telefilme era incrível em todas as áreas e isso ajudou muito.

Você prefere filmar em estúdio ou em locações?
Prefiro filmar.

Conta um pouco da sua carreira e outros filmes que fez.
Comecei minha carreira como assistente de câmera de grandes fotógrafos como Affonso Beato, Chico Botelho, Pedro Farkas, Lauro Escorel entre outros queridos. Tive uma grande alegria em conhecer, ainda aluna do curso de cinema da USP, a assistente de direção Márcia Bourg que estava fazendo a preparação de um longa metragem de Bruno Barreto. O diretor de fotografia do filme foi Affonso Beato que já trabalhava nos Estados Unidos e achou interessante ter uma garota universitária como segunda assistente de câmera. No Brasil, não havia ainda mulheres na área mas nos EUA , sim. Foi um aprendizado incrível. Ricardo Pinto e Silva, nosso diretor também trabalhou nesse filme. Fiz uma carreira clássica na área de fotografia de cinema: primeiro, como assistente de câmera. Após nove anos achei que estava preparada para dirigir a fotografia de filmes de longa metragem. Meus mais recentes trabalhos como diretora de fotografia foram: A Via Láctea, (que estreou no Festival de Cannes). Estão em finalização os filmes O céu do dia em que nascemos e Senhor do Labirinto.

Em termos de fotografia, que "cara" o Carro vai ter?
Uma fotografia alegre, cheia de esperança e vida como são os próprios personagens do filme.

Foto: Icaro Limaverde