Como diretora de fotografia, qual foi a maior dificuldade em filmar Carro de Paulista?
Minha maior dificuldade foi também a minha maior alegria: tentar conciliar o cuidado que temos com a imagem para cinema com o tempo disponível que temos para a televisão. Foi minha primeira experiência nesse sentido e percebi que é possível. A equipe do telefilme era incrível em todas as áreas e isso ajudou muito.
Você prefere filmar em estúdio ou em locações?
Prefiro filmar.
Comecei minha carreira como assistente de câmera de grandes fotógrafos como Affonso Beato, Chico Botelho, Pedro Farkas, Lauro Escorel entre outros queridos. Tive uma grande alegria em conhecer, ainda aluna do curso de cinema da USP, a assistente de direção Márcia Bourg que estava fazendo a preparação de um longa metragem de Bruno Barreto. O diretor de fotografia do filme foi Affonso Beato que já trabalhava nos Estados Unidos e achou interessante ter uma garota universitária como segunda assistente de câmera. No Brasil, não havia ainda mulheres na área mas nos EUA , sim. Foi um aprendizado incrível. Ricardo Pinto e Silva, nosso diretor também trabalhou nesse filme. Fiz uma carreira clássica na área de fotografia de cinema: primeiro, como assistente de câmera. Após nove anos achei que estava preparada para dirigir a fotografia de filmes de longa metragem. Meus mais recentes trabalhos como diretora de fotografia foram: A Via Láctea, (que estreou no Festival de Cannes). Estão em finalização os filmes O céu do dia em que nascemos e Senhor do Labirinto.
Uma fotografia alegre, cheia de esperança e vida como são os próprios personagens do filme.
Foto: Icaro Limaverde
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