Como é que você imaginou que poderia se envolver num telefilme? O que traz de diferença para um filme de cinema?
Eu na verdade já trabalhei muito para TV (em novelas, infantis, musicais, documentários, etc) e muito pouco para cinema. Trabalhar em televisão para mim é meio que natural, e trabalhar em cinema é um velho projeto muitas vezes adiado e atrapalhado. Escrever um telefilme foi muito bom porque uniu as duas pontas.
É melhor adaptar o texto de um terceiro ou começar do zero com uma idéia própria sua?
Eu me treinei muito para ser um adaptador. Mas é claro que começar do zero dá muito mais controle sobre o trabalho. Eu sei para onde estou indo. No caso de uma adaptação, a gente se livra de inventar algumas soluções que já estão prontas e pode se dedicar mais à formatação do roteiro.
Qual a diferença de escrever o Carro e nossa primeira parceiria no Dores & Amores?
No Dores eu peguei um roteiro de terceiros baseado num romance de uma quarta pessoa. Meu trabalho foi muito mais de “reforma” do que de construção. Felizmente o diretor do filme (que aqui me entrevista) teve a boa idéia de trabalhar com locuções em OFF da personagem principal. O que deixa aberta muitas possibilidades de intervenção e mudança de rumos. O Carro foi outro processo. Eu estou presente desde o início, e trabalhei com total liberdade para a adaptação. Eu diria que o Carro é um prazer e o Dores, um desafio.
Entrevista por Ricardo Pinto e Silva
Foto: Lidice Ba
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