quinta-feira, 4 de junho de 2009

Entrevista: Aline Abovsky


Como embarcou no Carro de Paulista?
Eu já conhecia o Jairo Mattos há muitos anos, éramos amigos e já havíamos trabalhado juntos. Eu estava com outra peça, Garotas da Quadra, no mesmo teatro que estava a primeira versão do Carro. O Jairo me convidou pra assistir e eu fui ver aquela grande bobagem que me fez rir do começo ao fim. Então, quando um dia ele me ligou dizendo que ia remontar a peça com novo elenco e me convidou, eu aceitei o convite no hora. E isso já faz 4 anos!

Como você virou dublê?
Eu comecei a treinar muito de leve Le Parkour com uns amigos. Le Parkour surgiu na França com um cara incrível chamado David Belle. É uma modalidade que usa equilíbrio, força e agilidade pra transpor obstáculos. Depois de uma leve torção no joelho vi que aquilo era demais pra mim. Mas eu queria algo que fosse agregar a minha profissão de atriz e que ao mesmo tempo fosse um diferencial. Foi daí que surgiu a idéia de procurar um curso de dublê de ação. Foi quando conheci o pessoal da Dublês Brasil e a partir daí comecei a treinar e a fazer parte da equipe. Mas infelizmente é muito dificil trabalhar como dublê no Brasil, visto que a profissão não é regulamentada, o que dificulta demais. Não há uma valorização da profissão, há ainda quem pense que o dublê existe para se ferrar no lugar do ator. Mas tenho visto na TV e no cinema uma vontade de inovar em cenas de ação, o que é sensacional. Talvez assim os profissionais sejam mais valorizados no mercado.

Quais as diferenças em interpretar a Mina do Ponto no palco e no filme?
Não vejo muitas diferenças não. O que o filme está me dando é um refresh da personagem. Coisas que tenho criado para o filme, como uma maneira de andar, de movimentar os braços, tenho levado para o palco para experimentar. E não há nada mais gostoso de poder reinventar uma coisa que já faço há 4 anos.

Qual seu grande sonho ainda não-realizado como atriz?
Hum..sonhos eu tenho vários. Mas uma coisa que eu quero demais fazer é uma personagem que fosse de ação total. Onde as cenas pudessem ser gravadas ou filmadas sem cortes ou com cortes diferenciados, para que todos pudessem ver que a dublê da atriz é a própria atriz, sacou? Eu chego lá!

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