Quem assiste as trapalhadas dos “manos” no Carro de Paulista não imagina o trabalho que dá compor cada um daqueles personagens. Jorginho por exemplo é cheio de detalhes, nuances e ambigüidades. E ninguém está mais preocupado com a composição de Jorginho do que Thiago Catelani, 25 anos, que o interpreta no palco e no filme.
Comecei a fazer teatro amador aos 16 anos, em um orfanato no qual meus pais ajudavam e eu ia junto. Naquela época eu trabalhava com o meu pai como office boy, e ainda estava descobrindo o que fazer da vida. Decidi ser ator depois de ministrar uma aula de teatro em um grupo de jovens que eu fazia parte. Ao final da "aula", vibrei igual a uma criança quando ganha um doce. Depois que tive essa experiência decidi ir atrás e estudar.
No momento faço a peça Carro de Paulista e o infantil As Aventuras de Peter Pan e Pinoquio Salvando a Natureza. Nos dias 20 e 21 de junho vou substituir um ator na peça O Amante do Meu Marido, nos mesmos dias em que estou gravando o Carro!
Por indicação de um grande amigo, Alexandre Capelli. Ele me indicou para o produtor Mario Sergio. Despois disso começamos a ensaiar. Um fato bacana que aconteceu , foi que, eu e o Tadeu Pinheiro estreamos no mesmo dia, 16 de Janeiro de 2008.
No teatro temos que atingir a velhinha surda com a bala de jujuba na mão que está sentada na ultima fileira. No cinema, uma reação é colocada de uma forma mais sutil e interna, pois a câmera consegue captar detalhes preciosos. Está sendo um processo muito antropofágico pra mim, muitas vezes, no meio de qualquer outra coisa que eu esteja fazendo, independente do lugar, me "pego" pensando no filme. Penso em quais ações, do cotidiano, eu posso levar para o Jorginho. E deixá-lo cada vez mais humano.
Sem a menor duvida o Marlon Brando. Estou fazendo coleção de seus fimes! Gosto muito do trabalho do Al Pacino, Jack Nicholson, James Dean. E um que me chamou muito a atenção, instigado pelo nosso diretor, foi o Jack Lemmon. Dos brasileiros, gosto muito do trabalho do Rodrigo Santoro, Wagner Moura, Selton Mello, Tony Ramos, Antonio Fagundes, entre outros.
Acho que ainda estou engatinhando. São só 8 anos de profissão e tenho muito que aprender e crescer. Sinto que já conquistei muitas coisas, mas sempre com pé no chão e humildade.
Foto: Icaro Limaverde Marquezi
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